A fabricação de produtos de construção corresponde a mais de 50% do consumo de materiais e aproximadamente 11% das emissões globais de dióxido de carbono, o principal gás de Efeito Estufa, responsável pelo aquecimento global. Por isto, é fundamental que os produtos de construção sejam fabricados da maneira mais sustentável possível.
O Laboratório de Tecnologia e Desempenho de Sistemas Construtivos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em parceria com o Cbcs Sustentável, a Universidade de São Paulo (USP) e outras instituições, está desenvolvendo uma ferramenta para “medir” a sustentabilidade ambiental de produtos de construção.
O Sistema de Informação do Desempenho Ambiental da Construção (Sidac) permitirá obter dados sobre o consumo de energia e a emissão de dióxido de carbono, associados à fabricação dos principais materiais de construção utilizados no Brasil – por exemplo, quantos quilogramas de gás carbônico são emitidos para a produção de um metro cúbico de concreto.
O Sidac possibilitará que fabricantes de materiais de construção cadastrem seus produtos e calculem seus indicadores de desempenho ambiental de um modo prático, por meio de uma interface web. Além disto, projetistas, construtores e outros interessados poderão utilizar as informações para calcular os indicadores de consumo de energia e emissão de dióxido de carbono embutidos em seus projetos.
Com isto, busca-se contribuir para que as decisões rotineiras tomadas na cadeia de valor da construção considerem também aspectos ambientais, com base em dados representativos da realidade nacional, visando promover a sustentabilidade ambiental no setor.
O desenvolvimento do Sidac é financiado por meio do programa SPIPA – Strategic Partnerships for the Implementation of the Paris Agreement, sob coordenação do Ministério de Minas e Energia e da Agência Alemã para Cooperação Internacional – Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.
O projeto conta com o apoio de um comitê consultivo, integrado por associações do setor da construção, e de um comitê científico, para validação dessa metodologia, além de parceiros internacionais.
O lançamento do Sidac está previsto para o último trimestre.








