Coronavírus

Coronavírus

Como seres humanos, nos organizamos em sociedade por meio da interação social. Portanto, durante períodos de isolamento o mal estar psicológico pode se instalar, fragilizando nossa capacidade de adaptação e reação ao estresse do confinamento, produzindo respostas fisiológicas e emocionais que podem impactar o sistema imunológico e a condição de equilíbrio mental para enfrentamento de situações adversas.

Recebi este material,de autoria da psicóloga Karoline Paiva e do psicanalista Marcos Wagner, com sugestões que podem minimizar os efeitos da nova rotina que se estabelece mundialmente no contexto da pandemia do novo Coronavírus. Achei interessante, pertinente; e resolvi compartilhá-lo:

Informação em excesso pode gerar ansiedade: procure assistir noticiários apenas uma vez ao dia. Geralmente a edição da manhã é capaz consolidar tudo o que precisamos saber para ficarmos atualizados. Não caia na armadilha da hiperinformação e no excesso angustiante de dados falsos ou exagerados. Isto pode te levar a um estado mental de constante alerta, prejudicando o relaxamento e capacidade de discernimento. Lembre-se: você tem condições de filtrar conteúdos e impor limites quanto a informações que alterem seu estado de humor.

A vitimização distorce a realidade: estar isolado não é uma punição e, sim, uma preservação e contribuição para o bem comum. Permanecer em casa por alguns dias é necessário, mas não é uma condição definitiva. Em breve, tudo voltará ao normal. Lembre-se: você tem condições de ressignificar o momento atual e dar a sua contribuição.

Sentir a solidão do isolamento é um fato: a solidão pode produzir tristeza em excesso e potencializar traços depressivos inerentes a cada pessoa. Utilize toda tecnologia disponível para manter-se conectado com a vida e com pessoas que você estima. Una-se aos seus familiares e amigos, promovendo boas conversas por meio de videochamadas, telefonemas ou mensagens. Lembre-se: você tem condições de se fazer presente ainda que fisicamente longe ou apartado de seu grupo social.

O pessimismo impede a percepção de novos cenários: quando estamos amargurados, nosso mundo interior fica embrutecido e as reações e comportamentos podem se revelar de forma destrutiva, ferindo aqueles que estão à nossa volta e nos impedindo de enxergar soluções. Lembre-se: você tem condições de pensar diferente a fim de aliviar as dores produzidas pelo momento atual. Permita-se.

A inatividade pode produzir desânimo: se o ócio não for criativo, pode conduzir a um estado de letargia existencial. Encontre nas atividades manuais e nas atividades físicas que possam ser executadas em casa um meio para aliviar desconfortos e para preencher o tempo. Lembre-se: você pode manter-se ativo e produtivo, mesmo estando em casa. Mova-se e alivie a tensão do isolamento.

Estabelecer uma rotina diária ajuda na realização de propósitos: para muitas pessoas, trabalhar em regime de home office pode ser uma experiência nova e eventualmente não prazerosa. Esta nova realidade, ainda que temporária, pode desorganizar a rotina diária e produzir algum tipo de insegurança ou angústia. Organize seu tempo, incluindo períodos voltados à sua atividade profissional. Respeite intervalos como o almoço, pausas para o café e término de expediente. Não abra mão do tempo livre! Leia, interaja com outras pessoas e descanse! Lembre-se: gerencie sua agenda, considerando o momento atual sem perder de vista seus propósitos mais elevados.

Evite viver numa perspectiva meramente individualista: sua individualidade é importante, mas a dimensão coletiva não pode ser ignorada. É importante que todos tomem consciência das dificuldades atuais exercitando empatia, firmando acordos e regras de convívio; e buscando um elevado espírito de colaboração e apoio mútuo, a fim de tornar a vida agradável durante este período. Lembre-se: você tem condições dividir espaços, aceitar rotinas e propor acordos visando a coletividade e a unidade.

Observar uma única perspectiva não é bom: crianças, idosos e portadores de deficiências, pacientes com baixa imunidade e doenças crônicas devem ser ouvidos e priorizados, pois tem perspectivas e necessidades peculiares. Conversar, escutar, compreender e estabelecer rotina solidária inclusiva é importante para que as limitações impostas pela pandemia possam ser assimiladas e seguidas. Adapte as restrições diminuindo a sensação de perda e impedimento. Lembre-se: você tem condições de explicitar os motivos das limitações e alterações de rotina, minimizando sentimentos negativos em relação ao novo contexto.

NÃO DESANIME! Enfrentaremos este tempo com consciência, inteligência e empatia.

Aprendi a ser jornalista na marra.

Sou formado em Direito mas, desde que me conheço por gente, curto comunicação. E a curtida é latu sensu: jornal, rádio, TV, revistas e, mais recentemente, redes sociais.

Com base nestes mais de 20 anos de prática e passagens por vários veículos, o que um dia foi um blog, virou site: o “GO” tem a incumbência de trazer informação variada, dicas, falar sobre cultura e cobrir o social do pedaço.

Hope you enjoy.

18 de março de 2020

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