De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2018 cerca de 36 mil pessoas foram diagnosticadas com câncer colorretal ou “de intestino”. Para diminuir a incidência de novos casos e disseminar a informação entre a população, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia promove o Setembro Verde que, neste ano, tem como tema “Não é sorte, é prevenção e cuidado”.
O câncer colorretal compreende os tumores localizados no intestino grosso – cólon e reto – e ânus e é o terceiro mais frequente entre os homens (seguido dos que atingem a próstata e o pulmão) e o segundo entre as mulheres, perdendo apenas para o de mama. Boa parte se desenvolve a partir de lesões benignas e pólipos. “Porém, ao contrário das outras categorias de câncer, o do intestino é altamente tratável e curável com a ajuda de exames simples e de fácil acesso, como a colonoscopia e o de sangue oculto, que ajuda a detectar esse elemento nas fezes”, revela Flavio Isaias Rodrigues, cancerologista e diretor clínico do Centro Oncológico Mogi das Cruzes.
Entre os sintomas mais comuns ele destaca a presença de sangue nas fezes e alterações recorrentes e sistemáticas do hábito intestinal, tais como o aumento da vontade de evacuar, diarreia, intestino lento, cólicas, dores abdominais e na região anal, emagrecimento intenso, anemia e sensação de esgotamento físico. Além da medicina e dos exames de rotina, as pessoas também podem agir de modo preventivo ao adotar um estilo de vida mais saudável e consciente, principalmente em relação à sua alimentação.
Uma dieta rica em fibras e pobre em carne vermelha, alimentos processados e industrializados contribui para o funcionamento do nosso organismo como um todo e contribui para a prevenção de diversas doenças, incluindo o câncer colorretal.
Fatores como obesidade, tabagismo, sedentarismo, consumo exagerado de carne vermelha e de bebidas alcoólicas também devem ser evitados.